Celebra-se hoje, 17 de Maio, o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação, e este ano o tema é tecnologias digitais para idosos e envelhecimento saudável, conforme definido pela União Internacional das Telecomunicações (UIT).

A celebração anual do dia das tecnologias de informação e comunicação (TIC) marca a fundação da UIT e a assinatura da primeira Convenção Internacional de Telégrafos em 1865.

A escolha do tema supra referido para o presente ano, constitui, de certa forma, uma resposta à tendência demográfica do Século 21. Segundo dados avançados pela UIT, acima de um bilhão de pessoas, em todo o mundo, têm actualmente 60 anos ou mais. Razão pela qual esta organização, percebe que, em meio ao envelhecimento geral da população global, há necessidade de desenvolvimento e promoção de soluções digitais para permitir um Envelhecimento Saudável.

Ao contrário do que se pode pensar, face ao cenário que a pirâmide etária mundial nos mostra, o mais importante é as sociedades procurarem identificar as oportunidades que esta tendência pode desencadear. Neste sentido, os experts em telecomunicações e em TIC têm o desafio de desenvolver tecnologias que concorram para um envelhecimento mais saudável, bem como ajudar a construir cidades mais inteligentes. E, com vista a uma maior inclusão digital, esta indústria está igualmente convidada a contribuir, com a sua produção, para o combate da discriminação com base na idade no local de trabalho, bem como garantir a inclusão financeira dos idosos e apoiar milhões de cuidadores em todo o mundo.

As tecnologias digitais são um factor crucial para o envelhecimento saudável de todos. O acesso equitativo às tecnologias digitais não é apenas uma responsabilidade moral, é essencial para a prosperidade e sustentabilidade globais. Ao celebrarmos a história da UIT, reiteramos nosso o compromisso de expandir o acesso digital em todas as regiões e para idades - Palavras proferidas pelo Secretário-Geral da UIT, Houlin Zhao, no âmbito das celebrações do dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação.

Apesar de Moçambique apresentar uma população maioritariamente jovem, é fundamental que, perante o tema proposto pela UIT para este ano, procuremos implementar, cada vez mais, tecnologias mais assistivas, bem como outras soluções que nos podem ser oferecidas para uma maior inclusão digital, quer para os idosos, quer para os estratos sociais mais vulneráveis, tais como mulheres, pessoas portadoras de deficiência, população de baixa renda, minorias raciais e étnicas, em particular das zonas.

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A realização de seminários e palestras para o debate de assuntos de Fraude e Pirataria, poderá reduzir o índice de ocorrência destes males, uma vez estes concorrerem para a redução da iliteracia tecnológica dos consumidores dos serviços baseados em redes de telecomunicações. Esta constatação foi partilhada à margem do 1º Seminário sobre Segurança e Resiliência das Comunicações em Moçambique, organizado pela Autoridade Reguladora das Comunicações - INCM em coordenação com a MultiChoice Moçambique, que teve lugar ontem, 26 de Abril, em Maputo.

O evento, que decorreu sob o lema “Por Comunicações Seguras e Resilientes – Desafios das Fraudes e Pirataria”, é o primeiro, do ciclo de seminários e palestras que se pretende organizar, onde os convidados irão, em conjunto, reflectir e buscar soluções para minorar as fragilidades identificadas e que afectam o sector

Intervindo na sessão de abertura, o Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Reguladora das Comunicações, Tuaha Mote, referiu que a Pirataria e as Fraudes têm afectado a confiança dos utilizadores do mundo digital. Por isso, segundo explica, “é necessário estabelecer plataformas de debate onde todos os actores se juntem e discutam estes problemas, por forma a se encontrarem soluções mais adequadas e aturadas”.

Mote reiterou o compromisso do INCM em continuar engajado na busca de soluções e mecanismos que proporcionem ao cidadão, comunicações cada vez mais seguras e resilientes.

Por seu turno, Tássia Marisa Martins Simões, Procuradora-chefe da Cidade de Maputo, referiu-se a iliteracia digital como proporcionador das oportunidades para o incremento das burlas. Segundo explicou, a recém-criada plataforma de denúncias é um dos instrumentos que vai facilitar o devido acompanhamento e, de forma fácil e eficiente, produzir informações estatísticas sobre a matéria.

Para além da consciencialização, admitimos que a adopção de medidas severas e um pacote legislativo robusto podem reforçar o combate e quiçá erradicar este flagelo”.

Agnelo Laice, Director Executivo da Multichoice em Moçambique, por sua vez, explicou que os burladores podem ser indivíduos que operam à escala de bairro, como podem também ser entidades de radiodifusão comercial que utilizam conteúdos para os quais não detêm direitos, ou ainda podem ser sindicatos internacionais de criminosos.

SEMINARIO FOTO 2c060A4815Desta forma, segundo alertou, “o combate à Pirataria e à Fraude é um problema de todos porque afecta as nossas economias, repercutindo-se em todos os sectores. Por isso, apelamos a sociedade em geral e a cada um de nos para que tomemos uma posição e para que apoiemos esta discussão com as nossas vozes, incluindo nas nossas redes”.

Três painéis temáticos foram constituídos, nomeadamente: i) Fraudes e Pirataria nos Serviços Baseados em Redes de telecomunicações; ii) Mecanismos de Prevenção, Combate e Regulação Face as Fraudes e Pirataria; e iv)Coordenação e Resposta Face as Situações de Fraudes e Pirataria.

Dados apresentados no seminário por Adilson Gomes, Chefe da Unidade de Controlo e Tráfego de telecomunicações (UCTT), indicam que, nos últimos tempos, através da plataforma, foram registadas cerca de 1200 denúncias. Foram ainda detectadas mais de 10 mil fraudes e constatou-se que são activadas mais de 1000 terminais piratas por semana.

Das diversas formas de burlas identificadas, consta o uso de Sim box (uso de tecnologias para efectivação de chamadas e mensagens sem registo dos operadores e sem pagar), burlas, Sim Swap (recuperação fraudulenta de cartões com recurso a dados ou documentos falsos ou roubados), ataques cibernéticos, entre outros.

Ainda no âmbito do combate as burlas, o INCM está a criar mecanismos para o registo de todos equipamentos terminais de telecomunicações que entrarem e forem activados no país, o que também poderá facilitar o processo de controlo das burlas. A selagem dos equipamentos, a ser introduzido em breve pelo Regulador das Comunicações, no âmbito de homologação, é um dos mecanismos que também poderá contribuir, sobre maneira, para o combate a estes males.

CABO VERDE ARCTELMoçambique participou, de 19 a 21 de Abril corrente, na XIV Assembleia Geral (AG) da Associação dos Reguladores das Comunicações e Telecomunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (ARCTEL-CPLP), que decorreu em Cabo-Verde, com o objetivo de discutir temas de interesse dos reguladores membros e definir diretrizes que serão observadas na condução das actividades ao longo do ano.

A AG é o órgão máximo da ARCTEL e é constituído por todos os associados, sendo que Moçambique é também membro e faz-se representar pela Autoridade Reguladora das Comunicações - INCM, numa equipa liderada pelo Presidente do Conselho de Administração, Tuaha Mote, integrando outros quadros seniores da instituição.

A participação do país nas actividades da ARCTEL é fundamental, por se tratar do principal órgão de consulta dos Ministros das Comunicações da CPLP e ser fundamental para harmonização de políticas e regulação das comunicações no espaço lusófono.

Dentre os demais aspectos, foram apreciados e aprovados o relatório e contas do exercício anterior, o orçamento e o plano de actividades para o ano corrente.

Como é habitual, o AG é seguido pelo Fórum das Comunicações, que este ano vai na sua 12ª edição e teve lugar no dia 22 de Abril, sob o lema “Cibersegurança e Ciberesiliência”, em modelo presencial e virtual. Segundo informações avançadas pela associação, o tema ganha importância num contexto em que a maioria das interações ocorre por meios digitais, desde reuniões de trabalho, transações financeiras até assinaturas de documentos.

Nos outros dois painéis discutiu-se o significado da Ciberesiliência, Formas de Implementação e Tendências para 2022. Francisco Chate, na qualidade de secretário da ARCTEL-CPLP, integrou o painel da sessão de abertura, juntamente com  o Presidente do Conselho de Administração da Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME), Agência Nacional de telecomunicações do Brasil (ANATEL) e o Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e o Vice-Primeiro-Ministro de Cabo-Verde, Olavo Correia.

Moçambique continua como Secretário Geral

Ainda a margem da AG da ARCTEL-CPLP,  reafirmou-se o voto de confiança a Moçambique para continuar no secretariado desta associação.  Para  um mandato de mais dois anos, o INCM, que representa o país naquele organismo, votou  na continuidade de Francisco Chate, como Secretário Executivo da ARCTEL-CPLP, Administrador da Divisão de Regulamentação  e da Divisão de Engenharia e Fiscalização no INCM. Recorde-se que Chate é Secretario da ARCTEL desde o ano 2019.

FOTO POSTDecorre, hoje, 26 de Abril, das 9.00 as 17.00 horas, o 1º Seminário sobre Segurança e Resiliência das Comunicações em Moçambique, organizado pela A Autoridade Reguladora das Comunicações - INCM em coordenação com a MultiChoice Moçambique, em formato virtual e presencial, sob o lema “Por Comunicações Seguras e Resilientes – Desafios das Fraudes e Pirataria”.

Link https://arecom-gov-mz.zoom.us/j/98906536579?pwd=MTlSemRFRzhBVXZOTkMwbzF6dndQZz09

Com este evento pretende-se contribuir para análise mais profunda dos fenómenos relacionados com as fraudes e pirataria nos serviços baseados em redes de telecomunicações, e avaliar os mecanismos existentes para o seu combate, entre eles, medidas regulatórias, técnicas e sociais e contará com a participação de cerca 150 pessoas, provenientes de entidades públicas e privadas nacionais e internacionais, que directa ou indirectamente desempenham um papel preponderante nesta temática.

Para além das sessões de abertura e encerramento, o evento contempla três painéis temáticos sendo Fraudes e Pirataria nos serviços baseados em redes de telecomunicações, Mecanismos de Prevenção, Combate e Regulação Face as Fraudes e Pirataria; e Coordenação e Resposta Face as Situações de Fraudes e Pirataria.

RM HISTORIAL WEB.jpgAssinala-se hoje, 18 de Março, no país, o Dia de Radiodifusão, em alusão à data da primeira transmissão radiofónica (sonora), efectuada em 1933 pela então Grémio dos Radiófilos de Moçambique, num momento em que se prepara para migração analógica da rádio para digital, após concluir, em dezembro passado a migração da televisão. 
 
O país conta, neste momento, com mais de 400 rádios completamente a realizarem emissão, estando outras ainda no processo de transformação.
 
Depois do golpe de Estado em Portugal, a 25 de Abril de 1974, esta entidade passou a designar-se Rádio Clube de Moçambique. Com as nacionalizações no País, resultante da independência nacional, passa por uma fase de fusão (Outubro de 1975), com a Rádio Clube de Moçambique, Voz de Moçambique, Emissora do Aero Clube da Beira e Rádio PAX), nascendo, por esta via, a Rádio Moçambique.
 
A Rádio Moçambique expandiu-se para todas províncias e, neste momento estima-se que tenha alcance de cerca de 95% da população a nível nacional. A liberalização do mercado de comunicação social, abriu espaço para o surgimento das rádios comunitárias, elevando o nível de expansão e alcance territorial.
 
Em 1979, durante uma exposição na FACIM, o processo de radiodifusão estendeu-se para a televisão, com a primeira transmissão do sinal pública, em televisores colocados em diversos bairros de Maputo, o que veio, em 1981, impulsionar a instituição da Televisão Experimental no pais.TVM NAMPULA.jpg
 
Numa primeira fase, a transmissão era apenas aos domingos, aumentando progressivamente os dias de transmissão. Em 1991 a emissora, que emitia em sinal analógico, foi renomada, passando a designar-se Televisão de Moçambique-TVM. Em 2001 passa a transmitir, via satélite, para todo o país.
 
Em 2017 inicia-se o processo de migração de radiodifusão televisiva analógica para a digital, com o objetivo de melhorar a cobertura, qualidade e fiabilidade das transmissões, bem como libertar o espectro para as comunicações de banda larga. Este processo trouxe igualmente maior acessibilidade a informação e diversidade de conteúdos.
 
Para garantir o acesso do sinal às famílias fora do raio de abrangência, em 2018 deu-se início a implementação do Projecto TV por Satélite – 500 Vilas, posteriormente estendido para 1000 Vilas e aldeias, ao longo do Território Nacional.

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