Os clientes das três operadoras de telefonia móvel celular que operam no país, que usa carteiras móveis Mkesh (da Tmcel), m-Pesa (da Vodacom) e e-Mola (da Movitel), passam, desde 1 de Julho corrente, a fazerem operações financeiras entre si, por via da interligação através da SIMORede, segundo o comunicado do Banco de Moçambique, divulgado hoje, 11 de Julho.
A interligação surge como resultado da expansão da rede e dos serviços de telefonia móvel no país, o que cria oportunidades para o alargamento do acesso aos serviços financeiros, fornecidos pelas instituições de moeda electrónica em Moçambique. Com esta possibilidade, os utilizadores podem transferir e receber dinheiro entre si, de forma cómoda.
Este processo assinala uma etapa fundamental no processo das transações financeiras e alcança-se uma das principais metas na Estratégia Nacional da Inclusão Financeira. Antes desta possibilidade, os utilizadores não podiam enviar dinheiro para números de outra operadora e nem receber, o que reduzia as possibilidades de inclusão financeira.
Estudantes do 5º Ano da Escola de Comunicações das Forças de Defesa e Segurança visitaram, hoje, 8 de Julho, as instalações da Autoridade Reguladora das Comunicações - INCM, para se inteirarem da componente prática das actividades ligadas à sua área de formação.
Durante a visita, Francisco Chate, Administrador de Divisão de Engenharia e Fiscalização, disse que o regulador está aberto para transmitir e receber conhecimento e mostrou-se ainda disponível para outras formas de colaboração com os estudantes.
Os visitantes, para além da lição teórica, dada por Martins Langa, Director dos Serviços de Radiocomunicação e Fiscalização, tiveram oportunidade de presenciar o funcionamento das estações móveis de monitorização de espectro e de aferição da qualidade de serviço de telecomunicações, bem como de visitar a sala técnica de radiocomunicações.
Leonel Rodrigues, capitão, falando em representação da instituição de ensino, expressou gratidão ao INCM e a todos engenheiros pela disponibilização de tempo e espaço para transmissão de conhecimento. “Conciliamos a prática e a teoria. Como é de praxe, recorremos sempre ao INCM para esta acção de busca de saberes”, disse.
Não é primeira vez que o INCM recebe formandos da Escola de Comunicações das Forças de Defesa e Segurança, abrindo, desta forma, espaço para que os estudantes conciliem os conhecimentos teóricos à prática.
A cidade da Beira, Província de Sofala, acolhe a partir de hoje, dia 13 de Junho, até 17 de Junho, o Seminário de Gestão e Engenharia do Espectro Radioeléctrico. Participam neste evento, quadros afectos à Sede e a todas delegações provinciais do INCM.
Intervindo na sessão de abertura, o Administrador Executivo da Divisao de Engenharia e Fiscalização, Francisco Chate, em representação do Presidente do Conselho de Administração, disse que constitui objectivo deste seminário a harmonização dos processos de licenciamento de radiocomunicações, a actualização de informação e conhecimentos concernentes às ferramentas de engenharia, Sistema Integrado de Gestão e Monitoria do Espectro Radioeléctrico (SIGMER) e preparação da facturação do ano seguinte sobre as taxas de espectro.
Referiu ainda que a direcção do INCM encoraja a realização de semelhantes eventos pois, contribuem sobremaneira para a actuação do INCM como Autoridade Reguladora do Sector das Comunicações.
Francisco Chate, recordou aos participantes que o SIGMER resultou dos esforços do país em investir em áreas estratégicas como a das comunicações. O equipamento do SIGMER, inaugurado a 15 de Agosto de 2016, embora iniciado em 2013, constituiu na altura um sinal claro de que as dificuldades quotidianamente evocadas, não devem servir de pretexto para a protelação da implementação de soluções de extrema importância para o desenvolvimento do pais.
Com o SIGMER, o país passou a contar com equipamento de especialidade para a gestão do espectro radioeléctrico, permitindo deste modo combater de forma enérgica o uso indevido do espectro radioeléctrico, bem como de equipamentos e sistemas de comunicações ilegais.
Recorde-se que este seminário tem sido realizado anualmente, com o objectivo de se harmonizar os procedimentos sobre diversas matérias de radiocomunicações.
Nesta edição, para além dos assuntos supracitados, os participantes terão a oportunidade de abordar matérias relativas ao Regulamento de Processos de Licenciamento no Sistema Automático de Gestão do Espectro-ASMS e fluxograma, processo de homologação e selagem de equipamentos, qualidade de serviços dos operadores de telefonia móvel, apresentação do Plano Nacional de Atribuição de Frequências, bem como os pontos de agenda da Conferencia Mundial de Radiocomunicações (WRC23).
“Moçambique está activamente comprometido com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e com a Inclusão Digital”. Foi desta forma que, Tuaha Mote, Presidente do Conselho de Administração do INCM, iniciou a sua intervenção, no segundo dia da Conferência Mundial de Desenvolvimento das Telecomunicações (WTDC – 2022), que decorre em Kigali, capital ruandesa, durante a Mesa Redonda sobre Desenvolvimento Digital, denominada Partner2Connect.
O Partner2Connect mobiliza líderes do governo do sector de tecnologia a nível global e outros, com vista a levar a inclusão digital até às comunidades mais difíceis de se conectar, de modo que ninguém seja excluído das oportunidades digitais.
Na Mesa Redonda em referência, os representantes dos vários países do mundo que participam na WTDC-22 informaram sobre as necessidades, compromissos, estratégias e recursos disponíveis para a superação da exclusão digital. O Fórum constitui oportunidade para o estabelecimento de parcerias para a conectividade universal significativa.
Tuaha Mote, partilhando a realidade de Moçambique sobre a inclusão digital, referiu-se ao facto de a maior parte dos perto de 30 milhões de habitantes residir em zonas rurais, aliado a uma dispersão populacional acentuada e com um poder de compra muito baixo. Estes factores, segundo Mote, afiguram-se como grandes desafios ao investimento privado em comunicações no país. Continuando, informou que para colmatar o défice, o Governo Moçambicano definiu acções concretas para transformar os não-conectados em conectados, tais como a disponibilidade dos serviços de Internet de Banda Larga, a boa qualidade de experiência, a alocação do espectro de forma adequada e equitativa, bem como a alocação do espectro reservado no modelo leasing.
Para a materialização das acções supracitadas, o Governo de Moçambique compromete-se a implantar praças digitais com WI-FI gratuito de alta velocidade, em todos os 154 distritos do país, até 2024. Igualmente irá garantir, até o mesmo período, o acesso gratuito à Internet para cerca de 620 escolas secundárias, afirmou Mote.
Importa referir que desde o início da implementação destes dois projectos em 2018, foram implantadas 93 Praças Digitais e, no âmbito da conectividade rural, foram cobertas cerca de 40 escolas.
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