O Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM) passou a assumir, com mandato de um ano, a presidência do Instituto Africano das Telecomunicações de Nível Avançado (AFRALTI). Tal decorre da decisão tomada na 59ª Reunião do Conselho de Administração deste organismo que se realizou em Maputo nos dias 4 e 5 de Março do corrente.

PRESIDIUM AFRALTI 2020 MAPUTO

“Com Moçambique a assumir a presidência da organização, vamos garantir a consolidação dos objectivos e, também, assegurar que mais moçambicanos adiram às formações orientadas pela AFRALTI”, afirmou Acissa Carimo, Inspectora-geral no Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC).  

Acissa acrescentou que o Governo moçambicano aprecia os níveis de cooperação alcançados nos últimos anos e apelou às instituições nela filiadas a desenvolverem mais projectos de capacitação dos técnicos.

Por sua vez, Henry Macheso, discursando na qualidade do Presidente do Conselho de Administração, sublinhou que “ter o pessoal das telecomunicações treinado em África e, particularmente, nos institutos regionais, foi sempre uma das grandes aspirações dos Governos e Estados-membros da União Africana”.

Como centro de treinamento, o AFRALTI “deve sempre se esforçar por oferecer cursos de formação acessíveis, workshops e seminários de capacitação personalizados, de acordo com necessidades exclusivas e relevantes para os membros, a fim de atrair mais participação”, ressaltou.

O Director da organização, William Baraza, deu a conhecer o esforço feito pelo seu elenco para garantir o desenvolvimento institucional. “Trabalhámos afincadamente para melhorar o desempenho. Contudo, o ambiente de negócios foi desafiador no ano passado”, disse, apelando à necessidade de apoio contínuo para garantir a sustentabilidade da instituição.

Baraza acrescentou que o AFRALTI continua a contar com o grande apoio financeiro dos Estados-membros, no sentido de proporcionar um mercado activo para os seus programas. “Há ainda mais espaço e oportunidades para criar parcerias e garantir que o Instituto seja auto-sustentável e continue gerando excedentes nas receitas operacionais, para apoiar a expansão dos programas e infra-estruturas”, explicou.

Helena Fernandes, Directora de Administração e Finanças no INCM, enalteceu o contributo do AFRALTI no treinamento prestado às áreas das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e incentivou ainda o uso das instituições africanas na busca de soluções e valorização do treinamento e formação no continente.

“São recomendações cada vez mais globais, particularmente da União Internacional de Telecomunicações (ITU), promover o acesso universal às TIC, como um instrumento para garantir a inclusão social e o crescimento económico. A realidade revela que as TIC assumiram um papel preponderante na redução da pobreza e na criação de oportunidades de desenvolvimento a longo prazo”, rematou Fernandes.

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