"A economia digital é um tema que exige responsabilidade de todos. Em fórum mais alargados continuaremos a discutir esta matéria", declarou Américo Muchanga, Director-geral do Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), no acto de encerramento do workshop realizado, ontem, na sede desta entidade reguladora nacional, em Maputo.
O workshop, organizado em parceria com Novabase, uma empresa portuguesa de consultoria no ramos das Tecnologias de Informação e Comunicação, representada em Moçambique, esteve subordinado ao tema Economia Digital – Desafios da Identificação Digital do Cidadão.
O evento atraiu representantes de diferentes instituições, sendo de destacar os ministérios da Justiça, Defesa, Transportes e Comunicações, Ciência e Tecnologia, o Instituto Nacional das Tecnologias de Informação e Comunicação, a Universidade Eduardo Mondlane e empresas públicas e privadas do sector das comunicações.
Na qualidade de apresentador do tema, Américo Muchanga dissertou sobre o conceito de Economia Digital, tendo, esmiuçadamente, abordado as oportunidades que a mesma traz à sociedade e economia em diferentes regiões do mundo. De seguida, tratou da evolução do comércio electrónico e do que é necessário para se pertencer à Economia Digital, identificando, com maior clareza, os desafios existentes.
Américo Muchanga defendeu que, "para se pertencer à Economia Digital, precisa-se da banca, do acesso rápido à Internet nacional, do acesso rápido à Internet de ou para exterior, de produção de produtos que possam ser comercializados, de uma boa rede de transportes, de bons serviços postais e do aumento do número de utilizadores da Internet".
O Director-geral apontou, ainda, como desafios, a logística e distribuição, os sistemas de pagamento seguros, a reduzida cobertura de Internet de banda larga, os custos de acesso de Internet de banda larga ainda altos, a falta de confiança dos consumidores nos sistemas e produtos online, a economia informal, o mercado fragmentado e segurança na Internet.
Porém, frisou o orador, "não esperemos por uma situação óptima; precisamos de começar hoje a fazer aquilo o que é possível com as condições e recursos disponíveis, enquanto projectamos um futuro melhor".